O Caso Eichmann: Hannah Arendt e as controvérsias jurídicas sobre o julgamento, de Adriano Correia Silva (Edições70)
O julgamento do criminoso nazista Adolf Eichmann é um dos mais emblemáticos do século XX, e sua recepção é demarcada pela obra 'Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal', de Hannah Arendt. Nesta obra, Adriano Correia examina e problematiza controvérsias vinculadas ao julgamento, a partir das questões enfrentadas por Arendt: a jurisdição; a tipificação do crime; a noção de humanidade no 'crime contra a humanidade'; a polêmica da pena de morte; o impacto e o legado do julgamento; o desafio da responsabilidade pessoal em um sistema criminoso. Esta é uma obra fundamental aos interessados em direito internacional, direitos humanos, ética e filosofia política.
Também eu danço – Poemas, de Hannah Arendt (Relicário Edições)
O livro, em edição bilíngue, conta com prefácio e tradução de Daniel Arelli, posfácio de Irmela von der Lühe e história de transmissão e impressão dos poemas por Anne Bertheau. A apresentação do livro no lançamento será feita por Adriano Correia.
A pandemia e o pandemônio: Ensaio sobre a crise da democracia no Brasil, de André Duarte
Trata-se de pensar o mau-encontro entre a pandemia do novo Coronavírus e o pandemônio político do atual (des)governo brasileiro. Biopolítica, neoliberalismo, necropolítica e ideologia são os vetores pelos quais a inépcia governamental expôs a população à morte e deteriorou as condições de vida da democracia brasileira. Esta se torna um regime de fachada quando deixa de ser entendida enquanto poder do demos, isto é, quando se desfaz o liame que vincula a democracia às lutas populares visando a alargar os limites que constrangem o exercício da cidadania e dos direitos. Bem-vindos ao inferno do real.
Hannah Arendt no século XXI: A atualidade de uma pensadora independente, de Adriana Novaes
Hannah Arendt tem sido uma referência recorrente nas análises dos profundos problemas e tendências do cenário político mundial. Conhecida especialmente por seu estudo do totalitarismo e por seu conceito "banalidade do mal", sua obra nos instiga a reexaminar nossas capacidades de pensar e de agir no desafio de resgate da dignidade da política.
O livro trata da atualidade de temas examinados por Arendt ao longo de sua trajetória intelectual.
A responsabilidade política pelo mundo comum: diálogos com Hans Jonas e Hannah Arendt, de João Batista Farias Junior
Seguindo o exercício arendtiano de “pensar o que estamos fazendo”, neste livro trazemos a urgência de considerar os danos causados ao meio ambiente e aos seres vivos em geral pelo capitalismo junto às democracias liberais e buscar saídas para tal crise. Trata-se de um chamado para a reflexão e construção de alternativas ao modelo político-econômico então vigente na maior parte do mundo. Para tanto, partimos das obras de Hans Jonas e de Hannah Arendt, filósofos que trataram com maior seriedade o tema do cuidado e da responsabilidade pelo mundo que nos acolhe e serve de lar. Destacando as contribuições comuns e individuais de Jonas e de Arendt ao problema de pensar a ação humana, buscamos em ambos os elementos que nos levem à construção de uma política da responsabilidade. Nosso horizonte aponta para as experiências revolucionárias das assembleias e dos sistemas de conselhos, exemplos de políticas extraordinárias e que assinalam as possibilidades para que a política concilie liberdade e responsabilidade na forma de participação direta dos cidadãos nos assuntos comuns, bem como o florescimento do cuidado pelo mundo no qual agimos.
Hannah Arendt, de Tiago Cerqueira Lazier
Hannah Arendt, por um lado, considera que a busca por um fundamento filosófico absoluto para a política é uma empreitada infrutífera, por outro, não resiste à tentação de buscá-lo. O livro, organizado de maneira não-convencional, explora essa tensão em favor de uma leitura não absolutista da política, isto é, argumenta que a democracia precisa aprender a se defender a partir de sua própria prática e experiência, ao invés de gastar tempo em demasia na perseguição de uma ilusão filosófica. Não apenas o pensamento de Arendt se prova atual e relevante para o entendimento da natureza da democracia e de suas ameaças contemporâneas, é imperativo que aprendamos com a autora como podemos defender a experiência democrática sem o apoio de um absoluto.
Princípio e início: a questão da humanidade em Hannah Arendt, de Rodrigo Ponce
É precisamente nesta conexão entre humanidade e capacidade de começar – ou antes na encruzilhada pós-totalitária que põe em questão este vínculo ontológico – que se situa a reflexão inspiradora e erudita de Rodrigo Ponce neste precioso livro, no qual a própria humanidade é a questão por excelência. O percurso virtuoso definido pelo autor pensa o totalitarismo como índice de uma ruptura que dissolve no racismo a própria noção de uma humanidade comum. Não obstante, o totalitarismo, como ruptura e demolição, é sempre ainda um desafio para a capacidade humana para o novo, na ação e na compreensão. Não é trivial, portanto, que Arendt conclua o ensaio “Ideologia e terror”, que viria a ser o capítulo final de As origens do totalitarismo, com a indicação, em referência a Agostinho, de que a capacidade de começar “é a suprema capacidade do homem; politicamente, equivale à liberdade do homem”.
Por que ler Hannah Arendt hoje?
de Richard Bernstein
Hannah Arendt foi uma das pensadoras políticas mais proeminentes do século XX. Ao pensar sobre o que estamos fazendo, Arendt refletiu a partir de eventos e pôde desenvolver uma noção acerca da política capaz de apontar as mazelas dos sombrios tempos contemporâneos, assim como possíveis iluminações. Embora os eventos refletidos por ela sejam em grande medida distintos dos que vivemos hoje, seu pensamento permanece atual e necessário para compreendermos a política do século XXI.Richard J. Bernstein, um dos mais agudos e generosos críticos de Arendt, tem a extraordinária capacidade de indicar neste livro, com precisão e de forma sucinta, como os conceitos desenvolvidos por ela no século passado nos ajudam a pensar os desafios contemporâneos. Por que ler Hannah Arendt hoje? reflete sobre a questão dos apátridas e dos refugiados, do direito a ter direitos, e indica a atualidade de sua crítica ao sionismo. Ele também aborda reflexões de Arendt sobre racismo e segregação, o significado da banalidade do mal e a relação entre verdade, política e mentira. Bernstein também atualiza a noção arendtiana de espírito revolucionário e aponta para a importância dos conceitos de pluralidade, de liberdade pública e de responsabilidade para compreender a política.Este livro é uma porta de entrada para o pensamento de Arendt e deve interessar a quem busca um pensamento político e filosófico capaz de apontar os problemas políticos do nosso tempo, fazer provocações, além de abrir frestas para pensar novas possibilidades. Tradução e apresentação de Adriano Correia e Nádia Junqueira Ribeiro
A gramática da ação e a sintaxe do poder em Hannah Arendt
de Elivanda de Oliveira Silva, Fábio Abreu Dos Passos e João Batista Farias Junior
Esse livro é resultado dos estudos promovidos pelos pesquisadores do Núcleo de Pesquisa Hannah Arendt da Universidade Federal do Piaui. No período de um pouco mais de três anos, o NUPHA se debruçou sobre diversas obras de Arendt, na tentativa de compreender conceitos-chave que acompanham a reflexão da autora sobre a política e seus desdobramentos na modernidade. O livro surge não apenas para apresentar a comunidade acadêmica as novas gerações de estudiosas e estudiosos da filosofia de Arendt, mas principalmente o diálogo que esses intérpretes estão realizando para pensar os desafios da política na contemporaneidade à luz da autora.
Um dos temas comuns que aparece nas obras A condição Humana, O que é a Política, Sobre a Revolução, Crise da República e Ação e a busca da felicidade, as quais foram objeto de intensas discussões pelos pesquisadores, é o tema da constituição do poder em sua relação com a ação política e os demais modos de vivenciar os assuntos públicos e que é a estrela polar desse livro. Portanto, ao longo dessa obra, o leitor e a leitora poderão apreciar uma discussão bastante sofisticada sobre categorias explicitadas por Arendt (Liberdade, revolução, aparência, fundação, democracia, desobediência civil, leis, violência, sistema de conselhos, soberania, representação, democracia) que, em seu conjunto de análise, revelam que a gramática do poder e a sintaxe da ação como promessas de uma política cujos pilares é o amor mundi e que tem seu horizonte as gerações vindoura, é núcleo da Filosofia de Hannah Arendt.
Política, Direito e Economia no século XXI
Org. Rodrigo Ribeiro Alves Neto
O livro reúne diálogos contemporâneos com Aristóteles, Nietzsche, Benjamin e Schmitt, além de leituras de Hannah Arendt, Adorno, Horkheimer, Foucault, Agamben, Dardot e Laval, dentre outros importantes pensadores, tendo em vista discutir o lugar e o sentido da vida política na atualidade em face do âmbito jurídico e econômico. Diversos temas e conceitos são abordados e mobilizados para o exame das relações entre política, economia e direito. Os textos reunidos se articulam em torno desse eixo central e analisam diversas noções fundamentais para o pensamento político contemporâneo, tais como: “ação”, “lei”, “poder”, “violência”, “autoridade”, “liberdade”, “virtude”, “bem comum”, “democracia de consumidores”, “neoliberalismo”, “Estado de exceção”, “direito além do jurídico”, “resistência”, “forma-de-vida”, “potência-do-não”, “potência destituinte” e “inoperosidade”, “poder constituinte”, “biopolítica”, “sociedade do espetáculo”, “dispositivos de massificação”, etc. Esta coletânea reúne alguns dos trabalhos apresentados no IV Encontro Nacional de Filosofia Política Contemporânea, realizado em maio de 2019, na UFRN. Dentre os autores, temos os professores Oswaldo Giacoia Jr. (UNICAMP), Francisco de Moraes (UFRRJ), Mário Máximo (UFRRJ), Odílio Aguiar (UFC), Rodrigo Ribeiro (UNIRIO/UFRN), Daniel Nascimento (UFF) e Castor Bartolomeu Ruiz (Unisinos).
12 Mulheres 12 Filósofas 12 Artistas
Org. Maria Cristina Müller e Daniela Hruschka Bahdur
A Coletânea é composta por doze capítulos, escritos por quatorze mulheres intelectuais brasileiras e ilustrados por doze mulheres artistas brasileiras que foram instigadas pelo desafio de fazer aparecer no mundo as vozes, os dizeres e a atuação de mulheres filósofas excepcionais e extraordinárias.